Monday, December 27, 2010

Natal das minhas crianças

Como diz minha filha, Natal sem criança não tem graça, mais o diferente também tem seu charme.
Neste Natal, não houve surpresas com os presentes, nem tão pouco o alarde da descoberta da passagem secreta do papai noel.
Nosso Natal foi maduro e consciente.
Os presentes foram dispostos em baixo da árvore, a ceia feita a muitas mãos servida pontualmente a meia noite precedida por uma oração do filho caçula.
Natal diferente, não posso negar, com um toque de charme da idade madura, preservado o espírito de família com direito a novos planos.
Meus filhos cresceram... nem por isso deixaram de ser as minhas eternas crianças.

Wednesday, December 15, 2010

Fim de ano chegando...

Renovamos as velhas promessas habituais das quais na maioria das vezes não cumprimos.
Imbuídos do espírito que paira no ar, prometemos mundo e fundos...
Voltar a estudar; comprar um carro novo; fazer um curso de inglês; perder alguns quilinhos; ser uma pessoa melhor; ajudar quem precisa e outras tantas...
Mais as coisas não são fáceis... Traçamos muitas metas e nos esquecemos dos nossos limites. Projetamos nos outros e nas circunstâncias as condições que podem impulsionar nossos movimentos.
Avaliar o que realmente é importante, agradecer o que já se conquistou, conhecer as limitações, reconhecer o potencial e estabelecer objetivos claros são pontos básicos para a realização do que nos propomos.
Promessas sem esforço de mudança de comportamento serão sempre promessas.

Wednesday, December 08, 2010

Até que o fato nos atinja.



Por que não me assusto mais quando vejo notícias de violência?
É triste, mais admito, nos acostumamos a elas. Como educadora, questiono-me sempre quando foi que os valores morais e éticos se perderam.
Tenho a sensação que a falta deles é encarado de forma tão natural e isso me é assustador!
Queima de índio e andarilhos, assassinato dos pais, agressão gratuita na Avenida Paulista, homofobia, preconceito, rodeio das gordas, ocupação dos morros no Rio de Janeiro pelo tráfego de drogas, sucessão de erros médicos que culminaram em mortes, morte de professor a facadas pelo próprio aluno e tantos outros casos.
Todos os dias somos cercados por estas notícias e não posso deixar de pensar qual o papel da educação na vida dessas pessoas que cometem atos violentos.
Onde foi que erramos? Que educadores nós somos se é que literalmente o somos?
Os resultados brasileiros no PISA (Programa Internacional de avaliação de alunos) nos levam a reflexão do quanto precisamos melhorar. Se os conhecimentos cognitivos básicos não são aprendidos o que podemos dizer sobre os valores e atitudes de cidadania.
A violência acaba por ser estimulada pela inércia dos que se fecham em seus casulos. Até que ponto o casulo é seguro?
Emocionarmos diante dos fatos não nos redime, a inércia nos condena. A inteligência é ferramenta da emoção e a ignorância nos aliena e nos fornece a falsa idéia de zona de conforto, até que o fato nos atinja.

Tuesday, December 07, 2010

Boa ideia

Prometi a mim mesma há algum tempo que depois dos 35 não haveria mais nenhuma contagem, me esqueci que uma boa ideia merece ser mencionada, afinal não é todo dia que ela acontece.
Passei por muitas coisas e muitas coisas passaram por mim. Conheci muitas pessoas, convivi com muitas delas, algumas me deixaram marcas e outras marcaram minha vida.
Das que marcaram minha vida me lembro bem, pois me fizeram mais feliz, das que me deixaram marcas desagradáveis também me lembro por que me fizeram mais forte e as mantenho acessas para não correr o risco de me deixar enganar novamente. Agradeço a todas elas, hoje sou a soma de tudo que já vivi e aprendi.
Dou-me o direito de ser eu mesma... Essa é a vantagem da boa ideia!
Seleciono o que e quem quero, descarto o que não me serve e comemoro com aqueles que partilham a história comigo.

Wednesday, December 01, 2010

Luta contra Aids

Amar é fundamental,
previnir é essencial e
viver é um direito.


Tuesday, November 30, 2010

Máscaras Sociais

Aprendi que a vida deveria ser como uma poesia; Intensa, livre e bela...

Não me refiro as forma de frases com métricas e mensagem, mas a poesia como um estado de espírito.

A vida é um fragmento de tempo... A liberdade e a beleza certamente a fazem melhor...

A liberdade de poder olhar no espelho e não ver uma máscara, mas um rosto que possa gritar chorar, questionar, de forma verdadeira e sincera. Saber ler nas entrelinhas de nossas faces a verdade que o olhar às vezes teima em esconder.

O Parecer agiganta-se, o Ser atrofia-se.

O homem confunde-se com o papel social que realiza, com os penduricalhos sociais (títulos, cargos etc.) que as organizações lhe permitem ter, tornando-se cada vez mais frágil, inseguro, instável. Obviamente não há possibilidade de uma sociedade saudável com um abismo tão grande entre o ser e o parecer, entre o dizer e o fazer, entre o ser e o fazer.

É preciso repensar... Pensar o Ser.

Chegamos a um ponto culminante, pois aquilo que somos quando sabemos quem somos, escondemos, diminuímos, espezinhamos; permitimos somente a emergência do aparecer, das máscaras, daquilo que Jung chama de persona. As máscaras nos permitem realizar no social um pequeno fragmento do nosso ser o restante permanece atrofiado, reprimido e, muitas vezes, pronto a emergir de forma sombria, projetada nos “bodes expiatórios sociais”
Para Rousseau, o “homem natural” é dotado de duas paixões: o amor de si e a pitié (a compaixão). O amor de si é o cuidado consigo mesmo e tudo aquilo que garante a sobrevivência do homem; a pitié é uma paixão que nos transporta para o outro, todos os outros, pois através dela nos é impossível ficar indiferentes diante daquele que sofre.

Com o enfraquecimento da pitié só resta o “mundo do eu”, a fúria do eu que só cuida dos seus interesses e é incapaz de alcançar o outro.
Existem “perigos no ar”: catástrofes produzidas pelo desequilíbrio ecológico; catástrofes sociais e políticas produzidas pelo desequilíbrio da alma; catástrofes que podem ser produzidas pela própria ciência quando esta se separa da ética.

É responsabilidade de cada um de nós, mas também das organizações, mudarem à direção, o caminho.

Que a vida possa ser poética, que o Ser possa sobrepor-se e a alegria possa ser singela, como o cantar de um pássaro, como o sorriso de um filho, o beijo do ser amado e a grandeza do sol que nos acolhe nas manhãs.

Wednesday, October 13, 2010

Família


Família,


Porto seguro,

para onde podemos voltar,

desejamos estar,

compartilhamos sonhos,

cultivamos valores,

revivemos lembranças,

e projetamos o futuro.

Saudades!

Wednesday, June 23, 2010

Os outros são os outros e só...

Tudo novo de novo...
Recomeço, vida nova, novas experiências e novas pessoas...
Tudo tem um começo, um meio e um fim.
E o que fica? Fica tudo o que aprendemos e vivemos.
Toda experiência é válida, boa ou ruim, afinal depois de tudo sobramos nós, modificados, amadurecidos e sabedores do que realmente é importante.
Os outros são os outros e só...

Friday, June 18, 2010

Pobre tempo...

O tempo cura...
Nada como o tempo para as coisas se acertarem...
O tempo é o senhor da razão...
Que ideia doida a nossa, querer que o tempo seja o juíz em tempos aéticos...
Querer que o tempo seja um rapaz de temperamento tranquilo, uma mulher fina e recatada, um político honesto, um cidadão responsável, um funcionário ético e pontual, um chefe descente e justo, um homem sem gestos bruscos, sem palavras impestivas, uma moça com a cabeça no lugar e não com o lugar na cabeça.
Pobre tempo... Podre moça...
Mas o tempo não é gente, tá na hora ou melhor no tempo de mudança, antes que o clima esquente, as pessoas se percam admirando seus próprios umbigos, o caos se instale e a violência reine.

Saturday, June 05, 2010

Maria passa na frente...

Em plena BR 310 me deparei com várias barracas de beira de estrada com oferta de abacaxi, fruta de cultivo farto na região.

Adoro abacaxi e não tive receio, parei em uma barraca e fui prontamente atendida por uma gentil senhora. A princípio me incomodei com a senhora que me atendia, ela ao se locomover de um lado ao outro da barraca, ora em busca das melhores frutas, ora em busca de sacola para embalagem, cedia sempre a frente a Maria. Olhei ao redor por onde ela passava e não conseguia visualizar ninguém.

Estranho, a barraca me parecia tão pequena.
Acredito que ao observar meu espanto ela se pois a me explicar com quem conversava o tempo todo. Me senti perplexa com a simplicidade daquela mulher e com a alegria que continha em suas palavras, ao me despedir passei os olhos sobre ela e pude ver quão inchadas eram suas pernas.
Entrei no carro e num gesto quase involuntário pedi a Maria para passar a frente e desde então ela tem me ecompanhado para onde quer que eu vá.

Monday, April 05, 2010

Ceú e inferno

Estava eu com o controle da tv na mão procurando algo interessante para assistir, quando me deparei com a afirmação de que quando morremos levamos conosco para o céu todo o conhecimento que acumulamos. Essa informação não ficou imune aos meus pensamentos decorrentes.
Se levamos para o céu todos os conhecimentos que acumulamos imaginei como deveria ser o céu, um real paraíso cheio de gente criativa, honesta, ética e inteligente.
Por outro lado, não me contive e imaginei o inferno, cheia de gente ardilosa, mentirosa, sem caráter e desonesta, sabotadores tentando puxar o tapete do outro o tempo inteiro. Usando o que sabe em prol de si mesmo tentando levar vantagem em tudo. Fiquei até com dó do capeta, imagine ter que acordar todo dia e lutar pra se manter na chefia, isso é que é ter que matar um leão por dia. E a cada dia chega mais gente...
Se assim for o inferno é inferno muito mais pelas pessoas que o habitam - super população do que pelo capeta que luta diariamente pra se manter no comando.

Wednesday, March 31, 2010

Tudo na vida tem uma razão...

Podemos não compreender exatamente as razões do momento que vivemos, mais certamente a compreensão vêm com o passar do tempo.
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim". (Chico Xavier)
Fazer escolhas é uma exigência constante, analisar as opções é obrigação, preservar os bons valores do "eu" interior é incondicional.
A omissão é uma opção, quem se omite ilude a si mesmo num ledo engano de que não é responsável pela atitude opressiva, arrogante e egoísta do outro sobre os outros.
Todo dia é um novo dia...
Todo dia renovam-se as chances de um recomeço.
Renovam-se as opções e cabe a cada um fazer-se diferente na oportunidade de fazer a diferença.

Wednesday, March 24, 2010

Plantio e colheita...

Em todos os domínios da atividade humana sempre haverá necessidade de
se atentar para os valores, para a ética, para as atitudes e para as emoções.
Não há vida plena sem os valores essenciais que nos tornam humanos
É somente nessa perspectiva que poderemos vislumbrar um futuro melhor não para os nossos netos mais fundamentalmente para os nossos filhos.
Nós somos responsáveis pelo que dissemos, pensamos e desempenhamos.
O futuro começa hoje...

Friday, March 12, 2010

O sentido da vida

A vida não é um elemento num sistema de comunicação; as pegadas indicam a presença de alguém; as ações indicam a que viemos, no que acreditamos e revelam os valores nos quais nos fundamentamos.
"O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, Caminhando e semeando, no fim terás o que colher." (Cora Coralina)

Tuesday, March 09, 2010

Sem direito a mudança do sabor do queijo!

Um Ramister literalmente corre de um lado pro outro na gaiola, buscando uma alternativa de fuga e diante da expectativa do observador corre freneticamente na roda colocada estrategicamente no centro. Os hamster são exímios abridores de portinhas.
As Gaiolas mais comuns têm mais de um andar, com escadas, escorregador, pontes etc. Todas apresentam uma rodinha de exercício, indispensável para o hamster, afinal malhar esta na moda e para alternativa de fuga é preciso habilidade para não ser pego de surpresa. Portanto pernas pra que te quero.
Para um bom observador que não seja pesquisador fervoroso, nós seres humanos não ficamos longe disto. Sentimo-nos em gaiolas, presos a compromissos assumidos ou impostos, corremos para um lado e outro pra dar conta de tudo e não raro agimos pra atender expectativas de nossos observadores e/ou interesses alheios. Fingimos gostar do que não gostamos, silenciamo-nos quando na verdade queremos mandar tudo pro alto, somos omissos diante da ação arbitrária daqueles que estão no comando. Sonhamos com a porta da liberdade, agimos pra ficar sempre na boa com quem tem a chave do cadeado. O pior de tudo é que é sem direito a mudança do sabor do queijo.