Por vezes me pego pensando o quanto adquirimos, nos apropriamos dos conhecimentos e os utilizamos conforme nossa conveniência, não assimilando de fato o saber. Assim fica fácil, não nos responsabilizamos e portanto não nos transformamos.
Isto sempre me surpreende, por mais que eu saiba.
Ontem levei meu filho ao médico, e como sempre o tempo de espera é longo e irritante, estávamos numa sala com várias pessoas que também aguardavam. A demora é angustiante para todos, contudo uma pessoa se destacou pela transparente impaciência.
A dita mulher, cantava (alto) sem nenhum constrangimento, reclamava constantemente, conversava sem parar com quem acreditei ser seu marido, além do fato de sentar e colocar as pernas e os pés sem cerimônia alguma sobre a poltrona, enquanto algumas pessoas permanecia em pé. A conversa fluia sobre a área de exatas, e não demorou para que a mulher indignada se aproxima-se da funcionária e se identifica-se como professora universitária buscando uma possível solução para a demora da sua consulta (embora não fosse a próxima). Vendo que sua investida não surtiu o efeito que esperava, ligou de seu celular para um assistente passando todas as instruções de alguma atividade. Como sei disto? Oras ela falou alto, para que todos ouvissem e soubessem o quanto é ocupada, (como se todos ao seu redor fossem desocupados).
Tem gente que entra na escola mas a escola não entra nelas! Agora, imagine como será em sala de aula? E o pior de tudo é que ainda recebe?
Infelizmente nem sempre o saber ocupa os bancos da escola!
No final de 2 horas, conseguimos passar pelo médico, uma pessoa atenciosa, solícita que nos atendeu muito bem. Salvou o dia!
Fez a espera valer a pena!
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